Turritopsis dohrnii: A água-viva imortal

>> Nunca pergunte a idade dela

Atenção! Um post bem mais completo está no CM (evolução do PB). Acesse aqui. 

Morrer de velhice é algo que a Turritopsis dohrnii (dá um trabalhão danado escrever este nome) nunca vai conhecer. Sim, meu caro amigo esta água-viva é imortal.

Descoberta no mar Mediterrâneo em 1883, a dita-cuja não é nenhum monstro dos mares. Quando já está crescida atinge o tamanho de uma unha (sempre os baixinhos são mais arretados). Embora já faça muito tempo que a espécie foi encontrada demorou um tempinho até que descobrissem sua curiosa habilidade. Seu dom fora do comum não havia sido descoberto até 1990.

Não que ela nunca morra, naturalmente. Esta água-viva é imune a morte por envelhecimento (como eu já disse), mas não está a salvo de ataques de predadores (tais como a Dermochelys coriacea, uma espécie de tartaruga). Ferimentos graves podem levá-la a morte, porém já é uma grande vantagem não morrer velhinho.

Se nada atrapalha a vida da coitada ela vai vivendo sem prazo algum de validade. O motivo da imortalidade? As células da espécie vão se renovando indefinidamente, como se retornassem à infância (você já ouviu falar de Benjamin Button?). E ainda quase mais interessante é o fato das células maravilhosas da sortuda aprenderem qualquer função de que o corpo precise.

Tudo não passa de uma verdadeira - e útil - mágica evolutiva.

As características da água-viva se assemelham muito com os dons de um peixe conhecido como rockfish. Este peixinho de nome científico Sebates aleutianus, habita o Pacífico. Outras duas espécies de tartaruga, a Emydoidea blandingii e a Chrysemys picta, ambas da América do Norte, também possuem uma espécie de imortalidade. Esse segundo grupo tem o que a ciência chama de "envelhecimento desprezível". Suas células ficam sempre jovens, por motivos desconhecidos.

"Ao invés da morte certa, transforma todas as suas células existentes em um estado mais jovem."

Maria Pia Miglietta, pesquisadora da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos EUA sobre a Turritopsis dohrnii.

Sim, a imortalidade existe na natureza. Não é utopia, pena que não desfrutemos desta boquinha.

Fontes e links para saber mais:

Anti-Bios - Um pouco de loucura na sua vida

Blogologia

Revista Superinteressante (Edição 275 - Fevereiro 2010)

P.S.: Agora o PB tem um comentarista. Ajude-o (e nos faça feliz) comentando também nas postagens. Adoramos ler seus recados. Obrigado - A Equipe.

:)